2020: retrospectiva
2020: oficialmente, segundo a revista Time, o pior ano da história.
Bem, pelo menos, o pior ano da história recente, a história vivida pelas pessoas com menos de 80 anos (seria preciso ter pelo menos 80 anos pra ter sido contemporâneo da II Guerra Mundial).
Retrospectiva
A chegada do coronavírus mudou muitas coisas, dentre elas a dinâmica do mercado imobiliário: algumas tendências ganharam força, como o setor de galpões, que passou a ser fortalecido pelo e-commerce, enquanto o setor hoteleiro, por exemplo, perdeu força no começo da pandemia.

Em relação à economia brasileira, espera-se um decrescimento de 4,5% no PIB; a taxa de desemprego atinge 14 milhões de brasileiros. O auxílio emergencial foi estendido de 3 a 5 parcelas de R$600,00 para o acréscimo de mais 4 parcelas no valor de R$300,00.
Espera-se que a inflação do ano seja de 3,5%, embora a alta nos preços dos alimentos seja a mais marcante: espera-se um aumento de 16,5% no preço dos alimentos.
Tendências
As pessoas tentaram manter sua rotina de socialização e trabalho no mundo virtual: o Zoom e o Google Meet foram alguns dos aplicativos mais utilizados, passando a fazer parte do conjunto de tecnologias hermit, as hermit techs: tecnologia para os isolados.
Segundo a retrospectiva do Google, 2020 poderia ser resumido em 6 termos: "coronavírus", "lockdown", "auxílio emergencial", "Donald Trump", "Among Us" e "Maradona". De fato, um dos temas que mais gerou repercussão no fim deste ano foram as eleições norte-americanas (até mais do que eleições brasileiras).
Infelizmente, o coronavírus não teve impacto somente sobre as pessoas vitimadas pela doença ou sobre seus familiares. O isolamento também aumentou os casos de depressão e ansiedade, devido principalmente à privação de contatos sociais e à sensação de incerteza. Além disso, as pessoas em isolamento passaram a apresentar mais comportamentos prejudiciais à saúde, como o aumento do consumo de álcool e tabaco.
Os protestos do grupo Black Lives Matter tomaram proporções e relevância nunca vistas, especialmente após a morte de George Floyd, este ano. Apesar da quarentena, houve grandes protestos contra a brutalidade policial e os assassinatos de pessoas negras.
Sobre 2021
Este ano foi o que foi basicamente devido à pandemia. As consequências dela ainda ecoarão em 2021, embora os esforços de todo o mundo tenham-se voltado para a criação de uma vacina que tornará possível não só a redução no número de mortes por coronavírus, como nos permitirá voltar às nossas atividades, como eram. Mas os aprendizados ficarão, as novas formas de fazer as coisas e de explorar a tecnologia a favor da saúde e da humanidade. Há motivos para termos esperança, apesar das perdas.