Dia da Mulher: celebrar ou lamentar?
Por que este artigo sobre o Dia Internacional da Mulher está sendo publicado um dia depois da data oficial?
Porque a data do Dia Internacional da Mulher não importa! Mais do que um dia em que as mulheres recebem flores de plástico e mensagens piegas, uma crítica que, cá entre nós, já virou lugar-comum, o Dia das Mulheres é uma lembrança de que somos diferentes, mas não uma justificativa para estagnação.
Certamente, a nossa busca é por eqüidade - observe que não é um pedido. E buscamos isso porque certamente há diferenças entre homens e mulheres, da mesma forma que há diferenças entre homens e homens, mulheres e mulheres, adultos e crianças, jovens e velhos, pessoas e pessoas. Somos todos diferentes, e portanto, únicos. Mas nossas diferenças não deveriam nos tornar desiguais, pois é na nossa unicidade que está nosso valor enquanto pessoas, algo que não pode ser mudado ou roubado.
Cada mulher é única e pode ou não se encaixar nos atributos mencionados nas mensagens afetadas de Dia da Mulher. E cada mulher é muito mais do que isso. Como ser único, a mulher também constrói a sua unicidade, não se limita a definições, conceitos, grupos, opiniões, cultura. Nenhuma mulher pode ser totalmente descrita ou resumida em palavras, imagens, profissões, cargos, sexualidade ou o conceito que seja.
Todas nós somos livres e em nada inferiores a ninguém, por isso, não precisamos pedir a outros o que é nosso por direito intrínseco. Façamos a nós mesmas, afirmemos quem nós somos, lutemos nossas batalhas, e não permitamos que ninguém seja dono do nosso destino que não nós mesmas.
Celebremos a nossa unicidade.